Mensagens trocadas entre procuradores da Lava Jato confirmam que Operação fraudou a eleição presidencial de 2018, que elegeu Jair Bolsonaro. Em chats privados, publicados com exclusividade pelo site The Intercept neste domingo 9, eles tramaram em segredo para impedir que ocorresse entrevista do ex-presidente Lula, já preso, antes do pleito, por medo de que ajudasse a “eleger o Haddad”.
“Os procuradores da força-tarefa em Curitiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formas de inviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski porque, em suas palavras, ela “pode eleger o Haddad” ou permitir a “volta do PT” ao poder”, diz trecho da reportagem.
Os integrantes da Lava Jato “articularam estratégias para derrubar a decisão judicial de 28 de setembro de 2018, que a liberou – ou, caso ela fosse realizada, para garantir que fosse estruturada de forma a reduzir seu impacto político e, assim, os benefícios eleitorais ao candidato do PT”, aponta ainda o Intercept, que teve acesso a um grande volume de documentos sobre o caso.