João de Deus passou a 1ª noite no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia em uma cela isolada, segundo a Segurança Pública. O preso, que sempre negou ter cometido os crimes, foi levado de volta à unidade prisional depois de 76 dias no Instituto Neurológico de Goiânia, de onde saiu com recomendação médica de receber cuidados em casa – home care.
Advogado do réu, Alberto Toron, já havia dito que deve recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de mandar o cliente de volta para a cadeia. Ele criticou o fato de o cliente não poder receber o home care na cadeia.
“Não existe jail care. Home care se faz em casa. Num presídio, pessoas estranhas não podem entrar e ficar com o preso e, tampouco, presas com ele. A responsabilidade pelo estado de saúde dos presos é exclusivamente da unidade prisional na qual ele se encontra”, disse.
Toron também criticou a maneira como ele foi transferido de volta para o Núcleo de Custódia. “No mais, você viu que ele, aos 77 anos, foi transportado do hospital para o presídio na caçamba de uma viatura? Por que esse tipo de tratamento desumano?”, afirmou.
O diretor-geral de Administração Penitenciária Wellington Urzeda também não viu como oferecer esse tipo de serviço de saúde especial.
“Temos enfermaria, com enfermeiros. Quando precisa de algo mais, o preso é levado a um hospital, mas home care mesmo não sei se tem como aprovar um médico e um enfermeiro à disposição dele”, afirmou.