
O presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta terça-feira (7), sobre as dificuldades de avançar com o programa de privatização no Brasil. Em sua tradicional conversa matinal com jornalistas, na entrada do Alvorada, Bolsonaro disse que continua sendo meta de seu governo, mas que é preciso respeitar a posição e decisão do Legislativo.
Questionado por jornalistas sobre a privatização dos Correios, que nos últimos meses tomou proporção em um dos primeiros da lista, Bolsonaro disse que se dependesse dele privatizaria tudo hoje.
– Não é uma questão fácil de lidar. Se dependesse de mim privatizaria os Correios hoje, mas temos que respeitar a decisão do Congresso e principalmente dos servidores públicos. Agora, há muitos empecilhos que precisamos resolver, entre eles, precisamos de ter compradores, e o outro ponto é o antigo monopólio gigantesco que ainda existe no Brasil. O PT comprou todos os papéis podres – finalizou.
A estatal passou por um longo período duro de prejuízo entre os anos de 2013 a 2016, e sofreu perdas acumuladas ainda não pagas, além de calotes e dívidas de capitalização da Venezuela.
O processo para a desestatização dos Correios deve ser longo e complexo. A empresa tem monopólio do serviço postal e do correio aéreo nacional assegurado pela Constituição. Portanto, sua privatização passa, necessariamente, pelo Congresso, por meio da aprovação de uma PEC. O processo pode demorar de dois a três anos.
Fonte: Pleno.News com edição do jornalodebate.com.br