O governador do Maranhão, Flavio Dino, do PCdoB, expressou sua indignação com projetos do governo de Jair Bolsonaro, que tendem a provocar mortes de brasileiros. “Basta da agenda da morte. Mais armas = mortes. Menos educação = mortes. Menos direitos previdenciários para pessoas pobres = mortes. Fim do Mais Médicos = mortes. ‘Lei da selva’ no trânsito = mortes. Legítima defesa por ‘surpresa’ = mortes Essa gente não pensa em VIDAS??”, questiona.
Leia, abaixo, reportagem da agência Reuters sobre mudanças no trânsito:
O presidente Jair Bolsonaro entregou pessoalmente ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), nesta terça-feira, um projeto de lei que altera pontos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e aproveitou para fazer um afago aos parlamentares.
Em um breve discurso, Bolsonaro disse que “quanto mais lei o país tem, é sinal de que não está indo no caminho certo”. O raciocínio do presidente é o de que o povo tem consciência dos seus deveres e não precisaria de mais leis —a proposta enviada apresenta uma série de liberalizações.
“Agradeço à recepção e para dizer que o ‘Parlamento é meu e a Presidência é de vocês’”, disse o presidente, que tem tido um relação muitas vezes tensa com o Congresso.
Entre as alterações do projeto, ele dobra de 20 para 40 o número de pontos para a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e também duplica a validade do documento, para 10 anos.
Ao receber a proposta das mãos do presidente, Maia disse que a Câmara já tem uma pauta extensa de agendas de mudanças econômicas, como a reforma da Previdência, mas essa agenda entregue por Bolsonaro “atinge diretamente o dia a dia do trabalhador brasileiro, também é importante que faça parte da nossa pauta”.
Em rápida fala à imprensa, Bolsonaro disse que a proposta cada vez mais consolida os interesses que se tem no futuro do Brasil e destacou que há muita coisa para ser vista, como as reformas da Previdência e tributária.
Dessa vez, Bolsonaro veio à Câmara em carro oficial —havia a expectativa de que ele fosse a pé apresentar o texto.
O ministro Tarcísio Gomes de Freitas, da Infraestrutura, afirmou que o projeto não vai atrapalhar a tramitação da Previdência. “De jeito nenhum”, disse ele, ao avaliar que a matéria poderá ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até o final do ano.