A Justiça espanhola condenou nesta quinta-feira (15) o paraibano François Patrick Nogueira Gouveia, 22, à prisão perpétua com possibilidade de revisão após cumprimento de 25 anos da pena. Ele foi considerado culpado por esquartejar dois tios e dois primos na cidade espanhola de Pioz em 2016.
O júri declarou que Patrick Nogueira matou os tios e primos com intencionalidade, sem considerar qualquer defesa.
Patrick está detido desde 2016, quando se entregou às autoridades e confessou ter assassinado e esquartejado os tios Janaína Américo, de 40 anos; Marcos Campos Nogueira, de 39 anos; e os filhos do casal, de 1 e 4 anos de idade.
O brasileiro Patrick Nogueira foi condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato da tia Janaina e a três penas de prisão permanente, duas delas pelos dois assassinatos no caso das crianças e uma pelo homicídio do tio Marcos. O caso do tio Marcos. O caso do tio foi considerado um assassinato com dolo, mas recebeu a pena de prisão permanente revisável porque o acusado foi condenado por mais de três assassinatos.
A sentença também inclui uma indenização de 120 mil euros para os pais dos tios assassinados e de 18 mil euros para cada um dos seus irmãos, chegando a 24 mil no caso da irmã caçula de Janaína.
O criminoso confessou à polícia que matou os tios, os esquartejou e colocou os corpos em sacos de lixo. O jovem, no entanto, que não recorda ter matado as crianças, que também foram colocadas em sacos.
Enquanto cometia os crimes, ele conversou por WhatsApp com um amigo no Brasil, Marvin Henriques, a quem “pedia conselhos, relatava o que estava fazendo e enviava fotografias dos cadáveres, recebendo por parte de seu interlocutor mensagens de incentivo”, afirma um documento judicial.
Os assassinatos aconteceram em 17 de agosto de 2016, mas a cena do crime só foi descoberta um mês depois, graças a um funcionário da manutenção que alertou para o odor procedente de uma residência na localidade de Pioz, 60 km ao leste de Madri.
Após a descoberta, Nogueira fugiu em 20 de setembro de 2016 para o Rio de Janeiro, mas retornou à Espanha um mês depois para entregar-se voluntariamente.