O juiz da 2ª vara de Pinheiro, Lúcio Paulo Fernandes Soares, condenou a 3 anos e 4 meses de detenção o empresário Lúcio André Silva Soares, conhecido como Lúcio Genésio, por agredir a ex-companheira Ludmila Rosa Ribeiro da Silva em Pinheiro, a 113 km de São Luís. A decisão cabe recurso.
Na sentença, o juiz decidiu pelo regime aberto por Lúcio não ser considerado reincidente e pela pena ser inferior a 4 anos. Lúcio deverá cumprir a pena em casa e poderá trabalhar ou frequentar curso no período da manhã ou da tarde.
Segundo o Ministério Público, o caso aconteceu no dia 09 de janeiro de 2016, quando Ludmila ainda estava grávida de cinco meses. Lúcio teria chegado embriagado na residência de Ludmila quando, após uma discussão, a agrediu com empurrões e tapas no rosto.
Em depoimento, a vítima também relatou que Lúcio prometeu dar uma ‘surra como ela nunca levou na vida’ e, em seguida, recebeu um chute na região das costelas.
Na sentença, o juiz diz que há comprovação do crime através de exame de corpo de delito e depoimentos prestados pela vítima e testemunhas durante a fase policial e judicial do processo. O G1 entrou em contato com a defesa de Lúcio André acerca da sentença e aguarda retorno.
Segunda agressão
Em novembro de 2017, Lúcio e Ludmilla tentavam se reconciliar quando uma segunda agressão aconteceu. Em depoimento, a vítima disse que as agressões, em São Luís, foram em um sábado.
Ela começou a ser espancada desde a Lagoa da Jansen até próximo ao seu condomínio, no bairro Cohama. O agressor a expulsou do veículo, quebrou seu celular e foi embora. Não demorou muito, voltou com o mesmo carro e a forçou entrar no condomínio onde continuou com a agressão física.
Ela relatou ainda que conseguiu sair do carro e pediu socorro. Os gritos chamaram atenção dos vizinhos, que a socorreram. A Polícia Militar foi chamada e conduziu Lúcio André até a delegacia. A advogada ficou com marcas por todo corpo e não consegia abrir o olho esquerdo.
Segundo a delegada titular da Delegacia da Mulher, Wanda Moura, após as agressões a advogada não conseguia nem andar. Lúcio chegou a ser preso após o caso, mas foi solto ao pagar fiança de R$ 4.685 fixada pelo delegado Válber Braga. Atualmente, ele responde ao processo em liberdade.